sábado, 26 de junho de 2010

Expectativas para o AF 2010

Anime Friends chegando! Já estou praticamente pronto para o que a Yamato chamou de edição especial. Este post será dedicado a uma análise breve sobre as atrações presentes no evento deste ano.

Angra: Me impressionei com isso, jamais esperava que uma banda desse porte fosse se apresentar no AF. A princípio parece interessante, mas tenho algumas preocupações relacionadas à infra-estrutura. Não acho que o Mart Center tenha condições de suportar um show desses. Deve-se levar em consideração que 15 reais, o valor do ingresso para o dia 16, é um preço baixíssimo para um show de uma banda tão conhecida, ou seja, vai lotar. Não estarei lá no dia para observar os resultados, mas espero ouvir sobre isso no futuro.

Campanha DC Comics 75 Anos: Causa perdida, mas vai ser bem interessante ver os cosplays. Iniciativa legal, mas sem a abordagem e divugalgação adequadas para que o recorde dos australianos seja quebrado.

Shows Internacionais: Ótimos artistas, sem reclamações de minha parte. Só espero que um dia consigam trazer a Aya Hirano pra cá, aí sim eu ficaria uber-feliz, hehe.

Oscar de Dublagem: Votações online para coisas sérias são uma puta idiotice, não duvido nada de que saia um resultado totalmente incoerente. Está mais do que na hora das corporações reconhecerem o poder dos trolls, o que devia ter ficado evidente depois daquele episódio no concurso de colírios da Capricho.

Salas Temáticas: Mais do mesmo, nunca foram a atração principal. Pelo menos tiraram a sala de Crepúsculo.

Comic Fair: Tenho certeza de que os nerds se apaixonaram por essa notícia. Iniciativa fantástica. Estarei lá e tenho grandes expectativas.

Concurso de Cosplay: Não tem nem o que dizer, ir ao AF e não ver os concursos é jogar dinheiro fora. Minha recomendação pessoal fica para o da categoria livre da YCC.

Asia Fest: Interessante, o que mais me chama atenção é a parte relacionada à culinária japonesa, que é algo que sempre mereceu um lugar no AF e finalmente terá essa chance.

Palestras: Temas ótimos, com certeza serão uma boa atração.

Com isso, concluo o post dizendo que a programação de fato me agradou, o que só me deixa mais ansioso ainda para que o evento chegue logo. Não acho que haverá alguém que diga que não encontrou nada de seu gosto, pois as atrações estão variadas o bastante para agradar qualquer tipo de pessoa que tenha tido interesse em visitar o AF. Programem-se e divirtam-se!

terça-feira, 15 de junho de 2010

A etiqueta dos eventos de anime

Anime Friends chegando, achei que seria interessante escrever alguma coisa sobre eventos de anime, então esse será o tema do post de hoje.

Iremos por tópicos:

- Não acreditem em quem diz que eles são ruins, não são, é possível se divertir muito se você tiver as expectativas certas. As minhas são comprar mangás, me encontrar com amigos e ver concursos de cosplay, simples o bastante pra serem SEMPRE satisfeitas.

- Agir como um bobalhão é divertido e esse é um ótimo momento pra isso. Libere seu lado Bob Esponja!(tenho certeza de que vão me chamar de gay por causa disso)

- Não, você não precisa de 100 pacotes de Mupy e é por causa de caras como você que os estoques acabam antes do fim do evento, deixando muitas pessoas com sede(como eu) sem saída a não ser comprar uma Coca-Cola muito mais cara do que deveria ser. Mupy não vicia, porra, sua necessidade de encher a cara com suco de soja não existe, então pelo menos finja que você tem um pouco de auto-controle e/ou respeito pelo seu corpo e beba só o necessário.

- Controle suas despesas. Sério, ter que pagar seus mangás com aquelas moedas perdidas de 10 centavos que você tem na carteira depois de ter gasto 100 reais em inutilidades faz você se sentir mal depois. Eu já fiz isso e não me orgulho.

- Cuidado com o que você compra, certifique-se de que o que vai adquirir é durável o bastante para chegar inteiro pelo menos até o final do evento. Como um exemplo, chaveiros: não gosto dos de plástico, pois quebram muito rápido, então sempre dou preferência aos de metal, muito mais confiáveis.

- Palavras como "cospobre" são extremamente má-educadas, não menospreze o esforço das pessoas em fazerem seus cosplays, por menor que ele tenha sido, lembrem-se que elas não fizeram isso só pra si mesmas, mas para divertir os outros, então mostre um pouco de respeito, ainda mais levando em conta que elas não estão ganhando nada. Externar sua opinião é ótimo, mas um pouco de empatia sempre vai bem. Essa foi uma das coisas que aprendi nos meus tempos de ator, ainda no Ensino Fundamental, e me entristece ver que é uma lição que poucas pessoas aprendem.

- Tente sempre ir com pelo menos um amigo, ficar sozinho em eventos é chato. Porém, dentro deles não é difícil se enturmar, há muita gente que também pode estar afim de uma companhia.

- NUNCA deixe pra comprar ingresso na hora se estiver indo em um dos últimos dias.

- Se estiver de cosplay, prepare-se para receber vários pedidos para tirar foto. Nem pense em recusá-los, tá na chuva é pra se molhar.

- Se você vai aos eventos com o único objetivo de "pegar mulher", saia do meu blog.

- Plaquinhas: se você vai usar uma, pelo menos escreva algo criativo. Piadinhas como "Link in Park" já estão manjadas.

- Não grite nomes de golpes quando for lutar na Batalha Campal, isso fica mais ridículo do que parece.

Bem, acredito já ter cobrido aspectos o suficiente para justificar este post, se faltar algo, adicionarei posteriormente.

Enfim, divirtam-se!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sobre generalização e sua causa

Tenho observado que muitas pessoas, especialmente aqueles que demonstram opiniões fortemente contrárias aos animes e seus fãs, consideram a animação japonesa um tipo de produção artística limitada somente a cenas de luta totalmente galhofa e obras dirigidas a crianças.

Insistente como sou, tento sempre apresentar àqueles que pensam assim algumas obras mais maduras, com foco na história e não em combates visualmente atraentes ou personagens carismáticos. Infelizmente, a primeira impressão é a que conta, então meus apelos quase nunca dão frutos, mas como tentar nunca é demais, dedicarei este post à desmistificação dessa ideia que muitos tem sobre o mundo dos animes. Sim, este post é dirigido a não-otakus.

Os animes são divididos em 5 gêneros maiores, são eles:

-Shonen: Obras dirigidas majoritariamente a meninos.
Exemplo: Dragon Ball, Pokémon, Naruto.
Características: Foco na ação, história superficial(me perdoem, mas é verdade), personagens marcantes e frequentemente cômicos.

-Shoujo: Obras dirigidas majoritariamente a meninas.
Exemplos: Sailor Moon, Ouran High School Host Club, Cardcaptor Sakura.
Características: Geralmente apresenta comicidade e foco em relacionamentos e emoções. Comédias românticas, pode-se dizer.

-Seinen: Obras dirigidas majoritariamente a homens adultos.
Exemplo: Kaiji, Akira e Ghost in the Shell.
Características: Foco na história e no desenvolvimento dos personagens. Obras desse gênero tem mais liberdade para exibir cenas sexualizadas ou de violência, mas não necessariamente as apresentarão.

-Josei: Obras dirigidas majoritariamente a mulheres adultas.
Exemplo: Honey and Clover, Gokusen, Paradise Kiss.
Características: Como shoujo, foca-se nas relações e emoções, mas de forma mais realista.

-Kodomo: Obras pra crianças pequenas, com lições de moral, essas coisas, não tem muito o que dizer.

Com isso em mente, me responda, qual é o gênero de anime com maior notoriedade? SHONEN! É fácil para qualquer um saber o que é Dragon Ball(pelo menos nos meus tempos de guri retardado viciado em desenho animado e Game Boy era assim, não sei como andam as coisas agora, hehehe), porque isso é acessível a todos, mas quantas pessoas "comuns" sabem quem é Katsuhiro Otomo?

Essa unilateralidade na mídia em massa é o que, na minha opinião, produz a tal generalização. É fácil para um cara de 16 anos ver um anime dirigido a jovens pimpolhos de 10 e dizer que todos os animes são ruins, mas esse mesmo sujeito poderia muito bem ter uma opinião totalmente diferente se conhecesse a lógica complexa e moralidade obscurecida das obras de Nobuyuki Fukumoto, por exemplo.

Claro, alguns haters mais radicais afirmar conhecer tudo sobre todos os animes possíveis e imagináveis, mas não cabe a mim julgar o ilogismo de tal afirmação, então deixarei tais indivíduos de lado, talvez para um próximo post.

Em conclusão, generaliza-se muito os animes porque os mais notórios são todos voltados para um único público, imaginem quantos daqueles que dizem não gostar de anime não seriam cativados pela lógica cruel de Kaiji, pelas tensões de Now and Then, Here and There ou pelas brilhantes histórias de Ghost in the Shell, se simplesmente conhecessem tais obras.

Então, pessoal que não gosta de anime, sugiro que busquem um gênero que lhes agrade antes de darem seu veredicto final, pois ver apenas obras shonen e dizer que animes são ruins é o mesmo que assistir só filmes da Disney e dizer que cinema é coisa de criança.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A definição de Otaku

Atualmente existem diversas definições para a palavra "otaku", e julgo que será problemático desenvolver meu blog sem apontar a que utilizo, então este post será dedicado a isso.

Vou poupar-lhes de toda a história da palavra, de como ela se tornou popular e assumiu seu significado atual, usem a Wikipédia se quiserem saber disso, o que importa é que "otaku", no Japão, é um termo usado para designar pessoas fanáticas por alguma coisa. Notou alguma semelhança com a definição atual dos Nerds? Pois é, "oficialmente", otakus e nerds são a mesma coisa!

[Como já testemunhei alguns otakus novatos se irritando ao serem igualados a nerds, deixem-me explicar o que NÃO é um nerd:

- O nerd não é aquele cara que só tira 10 na escola.
- O nerd não é aquele cara absolutamente anti-social que nunca fala com ninguém.
- O nerd não é uma enciclopédia sobre computadores.
- O nerd não fica o dia todo jogando WoW.
- O nerd não se veste como os filmes gostam de retratar.

Mas claro, o nerd PODE ser/fazer todas essas coisas, porque ser nerd vai muito além disso, o que define um nerd é sua dedicação extrema a alguma coisa, em detrimento de algumas outras que ele julgue menos interessantes. E o nerd faz isso por prazer.

Tenho algumas teorias sobre o que leva a maioria(não todos!) dos nerds a parecer anti-social, mas este desvio já tomou muito espaço do texto. Se houver demanda, posso abordar o tema em outro post.]


Quando a palavra chegou ao Brasil, seu significado foi alterado para designar qualquer um que goste de animes e mangás. Pessoalmente, considero isso inválido, pois qualquer um que veja animes já poderia se considerar otaku, o que, sabidamente, não é verdade, assim como não é qualquer um que assiste filmes que pode se considerar um cinéfilo.

Minha escolha é a de utilizar uma definição que "misture" essas duas. Sendo assim, um otaku é nada mais que um nerd de cultura japonesa.

Bem, acredito já ter colocado informações suficientes neste post para que entendam meu ponto de vista. Não me importa a definição que vocês usem, não tenho nada contra quem considera otaku um simples fã de anime, mas quero que saibam ao que me refiro quando utilizo essa palavra em meus posts.

[Como exemplo do que defendi aqui, cito o anime e mangá Genshiken, de Shimoku Kio, que retrata um grupo de amigos otakus em situações cotidianas. Ótima pedida para quem gostou de Lucky Star ou aprecia um pouco de metalinguagem, hehe]

domingo, 6 de junho de 2010

Death Note na Turma da Mônica, qual o problema?


Recebi por fontes não-tão-confiáveis a informação de que o sr. Maurício de Souza fará uma edição de Turma da Mônica Jovem parodiando Death Note. Lendo alguns comentários, descobri que a maioria das pessoas está, digamos, "putinha" com isso.

Sério, não entendo o por quê de algumas pessoas serem tão contrárias a uma simples homenagem, não é como se o Maurício fosse detonar o DN. Todas as outras paródias dele que eu já vi foram respeitosas e interessantes.

Talvez alguns sintam que isso seja uma ameaça à reputação do Death Note, mas lembrem-se de que a maioria das tias fanáticas religiosas que todos nós temos veem mangás como obras do diabo, sendo assim, não acham que alguém tão famoso e respeitado por quase todos os brasileiros como Maurício de Souza pode contribuir para que essa imagem seja mudada? Não, ninguém vai sair pensando que Death Note é coisa de criança, da mesma forma que ninguém saiu pensando que as outras obras parodiadas na Turma da Mônica são coisa de criança, as pessoas não são tão burras a ponto de não saberem diferenciar uma homenagem infantilizada de um mangá dirigido a adolescentes e adultos.

E aos haters do Mauricio de Souza lendo isto, só lhes digo que ele era um grande amigo de Osamu Tezuka(foto). Se o Pai dos Mangás confiava no potencial do Maurício e respeitava suas obras, vocês também deveriam.

Então, caros amigos, deixem que o homem faça sua homenagem em paz, vocês podem se surpreender com o resultado.

sábado, 5 de junho de 2010

Made in Japan Brazil

Olá, pessoal, hoje falarei sobre um tipo de "subdivisão" dos otakus, os conhecidos popularmente como WEABOOS.

Acredito que a maioria não saberá do que se trata, pois a nomenclatura só é usada comumente em fóruns internacionais, então partiremos da definição do site Urban Dictionary para começar este post. Aí está o link: http://www.urbandictionary.com/define.php?term=Weaboo A imagem a seguir também resume bem o conceito.



Sucintamente, o weaboo é o cara excessivamente fanático pelo Japão e sua cultura. “Espera aí, mas isso não é característico dos otakus como um todo?”, vocês podem estar se perguntando. A resposta é sim, mas o weaboo leva essa admiração a um nível quase xenofóbico, e é aí que se encontra o problema.

Se você perguntar a um weaboo quais gêneros musicais ele aprecia, pode ter certeza de que todos terão um “J” na frente. Sim, senhores, o weaboo ignora completamente a existência de excelentes bandas vindas de outros países para se focar somente nas japonesas. O mesmo acontece com outros tipos de produção artística e, acreditem se quiser, ate mesmo com Mitologia! Sim, já perguntei a um weaboo qual era sua mitologia favorita, obtendo como resposta óbvia, a japonesa. Sendo o viciado por mitologias que sou, fiz alguns comentários sobre como a história de Izanagi e Izanami é interessante, ao que o cidadão retribuiu com um “Hein?”. Exatamente, o cretino afirmou ser fã da mitologia japonesa, mas não tinha absolutamente NENHUM conhecimento sobre ela.

Além disso, weaboos fazem de tudo para agirem como os próprios japoneses, algo que muitas vezes torna-se ridículo, pois a maioria não tem o menor conhecimento sobre o comportamento que tenta reproduzir. Comer pizza com hashi é uma estupidez e fará você parecer um boçal, tenho dito.

O problema com os weaboos é que eles têm uma mentalidade absolutamente fechada no que concerne ao que vem de outros países que não o Japão. Toda cultura tem coisas interessantes e todo povo pode proporcionar algo que seja de seu agrado, então simplesmente não faz sentido fechar-se dessa forma, isso só contribuirá para que você tenha uma visão retrógrada e parcial, que facilmente se transformará em preconceito.

E como fechamento, um recado a todos os weaboos lendo este texto: Aprendam a apreciar tudo de bom que o mundo pode lhes oferecer, e não somente o que uma pequena parte dele produz. Vocês não sabem o que estão perdendo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A solução para o preconceito

Pois bem, senhores, madrugada de um feriado, naturalmente eu não tinha nada pra fazer(mentira, eu podia estar lendo Conan ou jogando Mass Effect 2), então resolvi vadiar por algumas comunidades de otakus, ver como o grupo estava indo.

Devo dizer que fiquei um tanto decepcionado, e o que direi agora provavelmente deixará alguns(leia: muitos) ofendidos, mas sinto que preciso “mandar a real”.

O que tenho a dizer refere-se a um assunto polêmico: Preconceito. Em diversas comunidades vi pessoas afirmando serem vitimadas por discriminação severa por praticamente todo mundo. A princípio achei estranho, afinal, jamais sofri esse tipo de ataque, mesmo tendo uma mochila decorada com bottons e chaveiros e não raro lendo mangás ou jogando Pokémon na sala de aula.

Depois de averiguar mais um pouco, concluí que a culpa recai majoritariamente não sobre aqueles que não conhecem nossa subcultura, mas sim sobre os próprios otakus. Para ilustrar isso, citarei alguns exemplos:

- Uma garota diz que se irritou após sair à rua com roupas de Gothic Lolita e de ter notado as pessoas olhando estranho. Em primeiro lugar, se você anda com vestimentas fora do padrão, OBVIAMENTE chamará atenção, ninguém está acostumado a andar por uma avenida e ver uma garota com um vestido vitoriano. Estar fora do padrão requer que você se submeta a ser tratado diferentemente, o que muitas vezes é visto como preconceito, mas na maioria dos casos, não passa de mero estranhamento. E afinal, se quiséssemos ser parte do padrão, não teríamos declarado ser parte de uma subcultura, nós mesmos escolhemos não sermos “normais”.

- Outra garota afirmando que passava suas aulas lendo mangás ou desenhando nos cadernos ao invés de copiar matéria, evidenciando ter orgulho do que faz e afirmando que isso era mais importante do que estudar. Parem! Desde quando agir como “otaku” é mais importante do que adquirir conhecimentos vitais para que eventualmente você se torne um membro produtivo da sociedade? Engana-se quem diz que ver anime é ter cultura. Animação é uma forma de arte, e como toda arte, CONTRIBUI para a sua formação cultural, mas você não se torna culto por causa disso. O que verdadeiramente lhe tornará culto são os conhecimentos que a guria em questão descartou tão decididamente. Pode parecer hipocrisia, pois eu disse que eu mesmo leio mangás e jogo videogames na escola, mas só faço isso durante intervalos entre troca de professores ou minutos de descontração ao final de algumas aulas, eu jamais trocaria erudição por entretenimento em um dos poucos momentos em que espera-se que eu valorize o primeiro acima de tudo. Se você faz isso, você é um idiota, e não importa se você é um otaku, emo, punk, grunge ou o diabo que for, VOCÊ É UM BABACA.

- Acho que muitos devem se lembrar do famoso caso dos cosplayers que foram barrados em um shopping de Manaus, se não me falha a memória, após saírem de um evento. Bem, pelo visto casos semelhantes têm ocorrido com otakus usando acessórios como toucas, luvas etc. Caso não saibam, shoppings NÃO são propriedade pública, então tentem cooperar com o segurança, que só está fazendo seu trabalho. Não que as regras do shopping estejam certas ou sejam justas, mas você não briga com um amigo seu quando vai na casa dele e ele pede para que tire os tênis antes de entrar no quarto.

Em suma, se queremos acabar com o preconceito, devemos começar com nossa própria atitude, qual o problema em responder educadamente àquela senhora que disse que mangás são gibis e explicar a ela a diferença? E em não brigar com o segurança que pediu pra você tirar a touca quando entrasse no shopping? Ou então entrar na brincadeira quando aquele seu colega de sala faz algum comentário engraçadinho sobre como sua mochila é barulhenta? E por que sair de cosplay ou recheado de acessórios quando se sai para ir até a padaria? Deixe as vestimentas características para momentos especiais. Nada de errado em usar uma camiseta de anime ou ter uma mochila decorada, mas você precisa mesmo da touca, luva, corrente, chapéu e sei lá mais o quê o tempo todo?

Não vamos acabar com o preconceito invadindo pateticamente comunidades como “Eu odeio anime” ou “Otakus são idiotas”, devemos apenas deixá-las em paz e nos defender DIALETICAMENTE quando os membros delas nos ofenderem. Trolls não vão mudar de opinião, mas sempre haverá aquele que levará seus argumentos em conta e, se forem bons o suficiente, passará a ter uma visão diferente. Mostrem pra eles que otakus são cultos e sabem fazer bom uso da palavra.

Se todos fizessem isso, estou certo de que os otakus seriam vistos como um grupo agradável, composto por pessoas educadas, produtivas e bem-humoradas, em contraste com o que temos hoje, em que quem não sabe muito sobre nós nos vê como um bando de babacas ignorantes.

Não estou dizendo que somos apenas nós que temos culpa pelo preconceito, há muita gente intolerante por aí, e não conseguiremos mudá-las apenas mudando a nós mesmos, mas pensem que pra cada 10 “anti-otakus”, 7 são pessoas que não teriam nada contra nós caso não tivéssemos as chamado de “bakas sem cultura” quando elas perguntaram por que estávamos lendo gibi ao contrário.

Mais um blog nesta bagaça!

Pois bem, é com muita satisfação e um pouco de tédio que inauguro este Blog, com o qual espero ser capaz de trazer aos leitores minha opinião sincera sobre assuntos diversos relacionados à subcultura dos otakus. Tento ao máximo não ser ofensivo quando escrevo meus textos, mas não dá pra criticar comportamentos ou sugerir mudanças sem deixar algumas pessoas putas. Mas whatever, acho haters divertidos, então sem problema :D

Para finalizar, dou-lhes as boas vindas, espero que se divirtam lendo minhas filosofadas.

O nome do blog, Osakatard, é uma homenagem à personagem de Azumanga Daioh, Osaka, com a qual compartilho muitas características, especialmente as relacionadas a ser absolutamente desatento e descuidado :P